terça-feira, 23 de outubro de 2012

PRINCIPAIS SINTOMAS SOBRE AUTISMO - CONHECIMENTO É O MELHOR REMÉDIO

Quanto mais cedo for descoberto o autismo e for iniciado o tratamento, melhor será para a evolução da criança.
 
Pais, fiquem atentos aos sintomas abaixo e caso seu filho apresente algumas dessas características tirem dúvidas com o pediatra dos seus pequenos.
 
O conhecimento é o melhor remédio
 
 
1. não sorrir já com seis meses de idade
2. não interage indo pra frente ou para trás diante de estímulos visuais ou sons, mostrando interação com gestos ou movimentos faciais de aceitação já com 9 meses de idade
3. Não balbucia ou tentam falar mesmo já tendo 12 meses
4. Não expressam verbalmente com palavras já com 16 meses de idade
5. Não falam mais do que 2 palavras já com dois anos de idade
6. Apresentam regressão de desenvolvimento, mesmo já estando apto a esta fase, por exemplo, regridem na fala, na comunicação gestual, nomeação de objetos e pessoas, etc.
7. Não apresentam habilidades sociais na interação com outras crianças
8. Tem dificuldade para dar tchau
9. Tem dificuldade para bater palmas
10. Gritam muito
11. Não olham quando chamamos, parecendo ser surdo ou ter algum déficit na audição
12. Tem dificuldade para olhar nos nossos olhos
 
É muitas vezes descoberto quando os pais ficam preocupados que seus filhos possam ser surdo, ou que ainda não está falando, crianças que resiste a um afago, e evita interação com as outras pessoas.

O uso da chupeta...

Danilo usou chupeta até 1 ano e 6 meses. Quando tinha 1 ano e 3 meses iniciou as sessões com a fonoaudióloga e terapeuta ocupacional que o plano de saúde disponibilizou, ambas desistiram do meu filho alegando que ele era muito pequeno e que o uso da chupeta atrapalhava seu desenvolvimento nas atividades... ele só fazia chorar e gritar no consultório e não podíamos entrar, do lado de fora a angústia e medo de está errando com o nosso príncipe consumia a minha paz e a da minha mãe, que até hoje me representa nos consultórios, clínicas, colégio.... costumo dizer que sou uma mãe ausente/presente, pois a minha ausência se dá exatamente pela busca de recursos financeiro afim de não deixar faltar seu tratamento, lazer, estímulos, estímulos e estímulos...

Ao iniciar na clínica (SOMAR), sua chupeta foi retirada imediatamente e de forma radical. Danilo chorou muito e eu para não vê-lo mais sofrer... aceitei e o ajudei não lhe dando mais a chupeta ... foram 4 dias de muito choro, mas graças a Deus ... essa fase passou e os profissionais conseguiram trabalhar com ele, resultando em uma evolução crescente... Graças a Deus e a todos os envolvidos, familiares, professores, amigos e profissionais de saúde meu campeão hoje já fala, em algumas vezes sem funcionalidade, apenas repetindo as palavras que lhe são citadas, porém os trabalhos continuam e com isso em breve, muito breve, se comunicará de forma funcional e independente.

Então pais, não fiquem com raiva quando um profissional tirar a chupeta do seu filho, o choro em função da ausência de seu "calmante" faz parte do processo de aprendizagem. Para o profissional, também não é fácil, mas se ele insiste é porque tem interesse na evolução do seu filhão, pois seria muito cômodo disitir do paciente como fizeram com o meu.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

SONO AGITADO x GRITOS

Danilo tinha um sono muito agitado até aproximadamente os três anos de idade, acordava, gritando muito e diversas vezes durante a noite. Tive medo da Neurologista passar remédio controlado, apesar de que, as vezes, o uso desses medicamentos são necessários e ajudam no desenvolvimento dos nossos pequenos, mas naquele época não tinha essa visão.
Tanto a Neurologista quanto o psiquiatra foram contra o uso de medicamentos para tranquilizá-lo durante seu período de sono, pediram que eu tivesse paciência, respeitasse o tempo dele e falaram que os gritos aconteciam porque ele não sabia se expressar.

Imagine então você querendo falar algo importante em um ambiente barulhento, onde as pessoas não te dão atenção, a sua primeira reação será gritar até que as pessoas olhem pra você, e se suas palavras não conseguem sair as pessoas iram disperçar novamente e você vai continuar gritando. Então experimentem dá muita, mais muita atenção aos gritos dos seus preciosos e tentar entender se são de felicidade, pedidos ou angústias.

Depoimento de uma mulher, de 44 anos, autista com uma carreira internacional bem sucedida.

A FALTA DA FALA

Não ser capaz de falar era uma completa frustração. Se os adultos falassem diretamente comigo eu podia entender tudo o que eles me falavam, mas eu não conseguia colocar as palavras para fora. Era como se fosse um balbucio ou uma grande gagueira. Se eu era colocada numa situação de leve "stress", as palavras às vezes superavam a barreira e conseguiam sair. Minha fonoaudióloga sabia como penetrar no meu mundo. Ela me segurava pelo queixo, me fazia olhar em seus olhos e dizer "bola".

Aos 3 anos de idade, "bola" saiu de minha garganta com grande esforço e soava mais como "bah". Se a terapeuta decidisse exigir muito de mim, eu fazia manha e pirraça. Se ela não exigisse de mim o suficiente, eu não fazia nenhum progresso. Minha mãe e meus professores ficavam imaginando porque eu gritava tanto. Os gritos eram a única maneira que eu tinha para me comunicar. Às vezes eu pensava logicamente comigo mesma, "eu vou gritar agora porque eu quero falar para alguém que não quero fazer determinada coisa".

É interessante que a minha fala se pareça com a fala estressada de crianças pequenas que tiveram tumores removidos do cerebelo. Rekate, Grubb, Aram, Hahn e Ratcheson (1985) descobriram que cirurgias de câncer que tenham lesado "vermis, nuclei e os dois hemisférios do cerebelo" causaram uma perda temporária da fala em crianças normais.

Os sons das vogais eram os primeiros a retornar, e a fala receptiva era normal. Courchesne, Yeung-Courchesne, Press, Hesselink e Jernigan (1988) deram a reportagem que de cada 18 autistas que funcionam num nível de alto a moderado, 14 deles têm o cerebelo menor (cerebellar vermal lobules VI e VII). Bauman e Kemper (1985) e Ritvo et al (1986) também descobriram que os cérebros de autistas tinham um número menor de células "Purkinje" no cerebelo. No meu caso, um exame de Ressonância Magnética revelou anormalidades no cerebelo. Eu sou incapaz de andar em linha reta. O teste feito pela polícia para descobrir se o motorista está bêbado, tipo "ande na linha", não funciona comigo, eu acabo tombando para os lados. Porém minhas reações são normais para outros testes de coordenação motora simples relacionados às funções ou disfunções do cerebelo.

Estímulos vestibulares algumas vezes podem estimular a fala em crianças autistas. Balançar a criança levemente num balanço às vezes ajuda a iniciar a fala (Ray, King & Grandin, 1988). Determinados movimentos suaves, coordenados são difíceis para mim, embora eu pareça bem normal para o observador casual.

Por exemplo, quando eu opero equipamentos hidráulicos que tenham uma série de níveis, eu consigo operar perfeitamente um nível de cada vez. Coordenar os movimentos para operar dois ou três níveis ao mesmo tempo é impossível para mim. Talvez isso explique porque eu tenho tanta dificuldade em aprender a tocar um instrumento musical, embora eu tenha um talento musical nato para melodia e tonalidade. O único "instrumento" que eu consegui aprender é assoviar com minha boca.

Fonte:

Obtida da INTERNET- ftp://ftp.syr.edu/information/autism/an inside_view_of_autism_txt
Temple Grandin
Department of Animal Science, Colorado State University
Fort Collins, Colorado 80523
High-Functioning Individuals With Autism, edited by Eric Schopler and Gary B. Mesibov
Plenum Press, New York, 1992

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Filme: Meu filho, meu mundo x método SON RISE

Meu filho, meu mundo

Sinopse:
Quando nasceu, Raun era um saudável e feliz bebê. Com o passar dos meses, seus pais começam a observar que há alguma coisa estranha com ele, sempre com um ar ausente. Um dia vem a confirmação do que suspeitavam... Raun era autista. Decidem então penetrar no mundo da criança, acreditando que somente o milagre do amor poderá salvá-lo.

Este filme revela que o amor e a persistência foram a cura para a criança autista.

A forma que família encontrou para ajudar Raun, foi tão eficaz que se tornou um método usado até hoje e que proporciona ótimos resultados: MÉTODO SON RISE

Este método foi criado na década de 70, em decorrência da experiência que Bears e Samahria Kaufman tiveram com o filho, Raun Kaufman, diagnosticado com autismo severo. Eles ficaram com o filho 12 horas por dia, 7 dias por semana, no cômodo com menos estimulação da casa, o banheiro, repetindo os rituais de comportamento. Após quatro meses, exames o caracterizaram como uma criança típica, mas, ainda assim, eles mantiveram o trabalho com o filho por mais dois anos, para certificarem-se de sua cura.
A chave do tratamento foi juntar-se a criança em seus comportamentos repetitivos mostrando amor incondicional por ela e, lentamente, convidando-a a sair de seu mundo através das próprias motivações que ela apresentava (SICILE-KIRA, 2004).

Experiência com Danilo

Quando Danilo apresentava algum movimento repetitivo, também repetia seus movimentos para que ele tivesse confiança em mim. Queria que ele me visse como uma amiga e não como uma pessoa que o criticava e o ignorava. Agindo assim, observei que os movimentos, muitas vezes assutador aos nossos olhos, tornavasse uma brincadeira que era rapidamente substituída por outras.   

Aprendeu a bater palmas tentando pegar bolinhas de sabão, idéia também retirada do filme.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

WORK SHOP - INCLUSÃO PEDAGÓGICA

MÉTODO TEACCH

TEACCH - O que é?

                   
TEACCH - Treatment and Education of autistic and comunication handicapped children – uma abordagem comportamental com apoio na psicolingüística que tem como objetivo facilitar a aprendizagem da pessoa com autismo a partir do arranjo ambiental, ensino estruturado e comunicação alternativa. É um método americano específico para as desordens comportamentais advindas do autismo, sendo que sua aplicação provoca inúmeros benefícios nas áreas de linguagem, comportamento, comunicação e habilidades escolares.
 
Como o TEACCH funciona?

O modelo TEACCH funciona com uma série de procedimentos e materiais específicos para atender ao que o aluno com autismo necessita.
pe
Enfatiza basicamente as seguintes necessidades:
- Estrutura

- Sinalização do ambiente
- Previsibilidade da rotina
- Visualização das tarefas

- Comunicação alternativa

O que o TEACCH nos ensina?

O Programa TEACCH ensina para os pais e educadores:

1. Que podemos ensinar oportunidades para comunicar, fazer escolhas e meios comunicativos mais adequados enquanto trabalhamos os conteúdos escolares;

2. Que mais do que um simples componente curricular, a comunicação deve passar por todos os procedimentos e objetivos desde a idade mais precoce

3. Que os alunos autistas respondem bem aos sistemas organizados e visualmente estruturados (Schopler & Mesibov,1995)

4. Que a definição de “estrutura” do ensino é tida como a colocação das coisas, dos fatos, materiais e ambiente em um padrão definido de organização;

5. Que na tarefa de ensinar o que o aluno precisa é incentivar o potencial para favorecer as habilidades,esquecemos de olhar para as condutas necessárias para que as crianças funcionem tão independentes quanto possam.

Usando recursos como a estrutura e imagens, o TEACCH favorece a organização

Objetivo

O principal objetivo do TEACCH é tornar a criança o mais independente possível além de, estimular a relação de causa e efeito, incentivar a comunicação e respeitar a individualidade de cada um.